O Brasil está em emergência zoossanitária, pelos próximos 180 dias, por causa dos casos de gripe aviária.
A decisão é do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e foi publicada no Diário Oficial da União dessa segunda-feira (22).
A medida tem o objetivo de evitar que a doença chegue na produção de aves de subsistência e comercial, além de proteger a fauna e a saúde humana.
Com a declaração de emergência, os governos vão poder se articular e mobilizar recursos para garantir força de trabalho, logística e equipamentos.
Nessa segunda-feira, foram confirmados três novos casos positivos para influenza aviária nos municípios de Linhares, Itapemirim e Vitória, no Espírito Santo, em aves conhecidas como trinta-réis-de-bando.
Até o momento, já são oito casos confirmados, sendo sete no estado do Espírito, em outros municípios como Marataízes, Cariacica, Nova Venécia; e um no Rio de Janeiro, em São João da Barra.
De acordo com a ABPA, Associação Brasileira de Proteína Animal, o registro de novos casos não deve gerar impactos nas exportações ou risco ao abastecimento.
O presidente da Associação, Ricardo Santin, destaca que não há qualquer risco no consumo dos produtos, mas o surgimento dos casos liga o sinal de alerta.
Segundo o Ministério da Agricultura, por não haver registro na produção comercial, não há mudanças no status brasileiro de livre da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal.
Em nota, a Secretaria da Saúde do Espírito Santo informou que, após a confirmação de gripe aviária em Nova Venécia, foram identificadas 24 pessoas que poderiam ter tido contato com a ave contaminada. Todas estão em monitoramento, sendo que apenas uma delas apresentou sintomas gripais leves.
Em 2022, o Brasil produziu 14 milhões e meio de toneladas de carne de frango e exportou 4 milhões e oitocentas mil toneladas.
A expectativa para este ano é que as exportações cheguem a 15 milhões de toneladas.