Os bombeiros continuam trabalhando no combate ao incêndio que há cinco dias atingiu o lixão do Fischer, na BR-116, em Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro.
A corporação informou que não há mais foco ativo, mas que os bombeiros estão fazendo o resfriamento do material para evitar o recomeço do fogo.
Por causa do incêndio, que começou na madrugada de segunda-feira (26), uma densa nuvem de fumaça encobriu toda a cidade de Teresópolis. As aulas foram suspensas nas escolas públicas e particulares por três dias e muitas lojas comerciais não abriram as portas.
Mais de cem pessoas, entre adultos e crianças, foram atendidas em unidades de saúde com problemas respiratórios e de intoxicação. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, ninguém precisou de internação hospitalar.
Alguns animais mais sensíveis foram transferidos do canil municipal para outro local.
Nessa quinta-feira (29), a secretária de Desenvolvimento Social de Teresópolis, Eliane de Moraes, esteve no lixão para atendimento aos catadores que atuavam no local.
O lixão do Fischer foi embargado pelo Inea, o Instituto Estadual do Ambiente em 2018, mas continuava funcionando através de uma liminar da Justiça. Em maio deste ano, o juízo da 1ª Vara Cível de Teresópolis chegou a decidir que o embargo não era mais válido.
Na terça-feira (27), no entanto, a desembargadora Inês da Trindade Chaves de Melo, da 3ª Câmara de Direito Público da Justiça fluminense, decidiu interditar o lixão a pedido do Inea.
Em nota, a prefeitura municipal disse que o caso está sendo investigado porque suspeita-se que tenha sido um incêndio criminoso e que está buscando uma alternativa para o Fischer.
A nota diz, ainda, que uma solução provisória seria transportar, pelos próximos dois anos, o lixo do município para um aterro sanitário licenciado em outro local, mas que o custo anual seria de R$ 20 milhões, com o qual o município não tem condições de arcar.