A Polícia Militar do Rio de Janeiro retirou do ar a postagem em uma rede social que criminalizava o menino Thiago Menezes Flausino, de 13 anos, morto nessa segunda-feira (7) durante uma operação na Cidade de Deus, zona oeste do Rio. Na publicação, feita no início da manhã do ocorrido, a corporação afirmava que “um criminoso ficou ferido ao entrar em confronto” com a polícia.
A medida veio depois que a Defensoria Pública do Estado entrou com uma ação judicial pedindo a retirada do post. O texto seguia no ar nessa terça (8) mesmo após a PM ter apresentado outras versões para o ocorrido e reunia quase um milhão de visualizações.
A ação afirma que houve “violação aos Direitos da Personalidade do adolescente Thiago, bem como de sua mãe”. A Defensoria pediu ainda que a PM deixe de reprimir de forma ostensiva as manifestações pacíficas que ocorrem em protesto contra a morte do menino.
Em nota a PM informou que o comando do Batalhão de Polícia de Choque vai instaurar um procedimento apuratório para analisar a atuação dos agentes nas manifestações realizadas na Cidade de Deus.
A nota diz ainda que a postagem no Twitter oficial da PM é feita a partir das informações preliminares repassadas pelos policiais que participaram da ação. E que o comando da Polícia Militar, ao entender que o caso está sob análise e investigação, decidiu retirar a postagem do ar.
Thiago foi baleado e morto em uma via principal na entrada da Cidade de Deus. O corpo foi enterrado na tarde dessa terça-feira sob forte emoção de familiares e amigos, que vestiam camiseta com sua foto. Em seguida, moradores realizaram um novo ato na comunidade.