Comerciantes da região da Santa Efigênia - conhecida em São Paulo por seu comércio de eletroeletrônicos - fecharam as portas na manhã de quinta-feira (10) em protesto contra a falta de segurança e a permanência da chamada Cracolândia. 
Com faixas “Lute Pela Santa Efigênia” e “Lute pela segurança”, mais de 200 pessoas, de acordo com os organizadores, participaram do protesto e foram recebidos na Câmara de Vereadores para discutirem a questão.
Ricardo Patah, presidente da UGT, União Geral dos Trabalhadores, falou que entende que o problema é complexo e que os comerciantes e trabalhadores da região pedem mais segurança.
Ainda de acordo com Patah, estima-se que mais de 20 mil empregos tenham sido perdidos na região central em função do problema da segurança.
Na última sexta-feira (4), o prefeito Ricardo Nunes prometeu enviar projeto de lei à Câmara para isentar do IPTU os comerciantes e moradores afetados pelo fluxo da Cracolândia. A administração municipal também avalia o parcelamento facilitado das dívidas ativas do ISS e do próprio IPTU aos comerciantes da região.
Nessa quinta-feira, a comissão de direitos humanos da Câmara dos Vereadores recebeu um relatório de um Grupo de Trabalho Interinstitucional sobre a Cracolândia.
Entre as conclusões do relatório estão a de que a política de redução de danos foi a mais efetiva em diversos países para diminuir o número de dependentes químicos.
E, por isso, segundo o documento, o país deveria discutir a descriminalização das drogas; e a cidade de São Paulo deveria dar fim às internações compulsórias e criar um território de uso assistido de drogas.
