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AGU cobra R$ 292 milhões de pecuarista por danos climáticos

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Gabriel Brum - Repórter da Rádio Nacional
12/09/2023 - 09:29
Brasília

A AGU cobrou R$ 292 milhões de um pecuarista por ter desmatado e queimado mais de 5,6 mil hectares da Floresta Amazônica entre 2003 e 2016. A quantia é a maior já cobrada pela Advocacia-Geral da União numa ação de dano climático. 

Segundo a AGU, as infrações ambientais emitiram 901 mil toneladas de gases do efeito estufa. O cálculo para cobrança segue orientação da OCDE, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, de que cada tonelada de carbono emitida vale 60 euros, ou  R$ 324. 

As áreas desmatadas ficam em terras públicas da União e do Amazonas nos municípios de Boca do Acre e Lábrea. O pecuarista infrator usou motosserras para derrubar a vegetação, fez queimadas para limpar o terreno e, por fim, plantou capim para pastagem. 

A AGU apontou na ação que as infrações ambientais dificultam o cumprimento de compromissos internacionais assumidos pelo Brasil para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. 

O documento assinado pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, destaca que a população brasileira já sente os efeitos da emergência climática, como o “drama enfrentado por moradores do Rio Grande do Sul”. 

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