Augusto Aras deixou o cargo de procurador-geral da República, nesta terça-feira (26), contestado pela atuação na pandemia de covid-19. Por outro lado, a desmobilização da Lava Jato foi bem avaliada por especialistas.
O doutor em Ciência Política da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Fábio Kershe, vê a gestão de Aras em dois momentos: no governo de Jair Bolsonaro e, agora, com Lula. A omissão resume o primeiro período.
O professor de Direito da FGV Rio, Wallace Corbo, reconhece a ação de Aras contra as irregularidades na Lava Jato, mas foi insufuciente.
Ministros do Supremo Tribunal Federal elogiaram a atuação de Aras em prol da democracia, mas o advogado e mestre em Ciência Política, Valdir Pucci, discorda. Para ele, faltou independência em relação ao governo Bolsonaro.
Com a saída de Aras, a subprocuradora-geral da República, Elizeta Ramos, assume de forma interina a PGR.