Estudo aponta que 3 milhões de beneficiários do Bolsa Família deixaram a pobreza neste ano.
O levantamento mostra ainda que a maior parte da primeira geração de beneficiários do Bolsa Família deixou o programa na fase adulta.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (26), no Rio de Janeiro, pelo Ministério do Desenvolvimento Social, Fundação Getúlio Vargas, Banco Mundial e o IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
Segundo as informações, em janeiro deste ano, das cerca de 22 milhões de famílias que fazem parte do programa, 4,5 milhões viviam na pobreza.
Já em setembro, de 21 milhões de beneficiários, 1,5 milhão continuavam pobres.
O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, disse que o desafio é tirar essas famílias da pobreza.
O levantamento mostrou, também, que os dependentes, com idades entre 7 e 16 anos, em dezembro de 2005, saíram do programa após mais de uma década.
No ano de 2019, 64% desses beneficiários da primeira geração, então com idade entre 21 e 30 anos, estavam fora do Cadastro Único e pararam de receber o pagamento do benefício; e 20% ainda permaneciam no programa.
Além disso, 45% entraram no mercado formal de trabalho, ao menos uma vez, entre 2015 e 2019.
Os estudos apontaram que a correção nos pagamentos dos valores ajudou a reduzir a pobreza, como explicou a secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do Ministério do Desenvolvimento Social, Letícia Bartholo.
Para ter direito ao Bolsa Família, a renda de cada pessoa da família deve ser de, no máximo, R$ 218 por mês.
São 55 milhões de beneficiários atualmente, 25% da população brasileira.