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Bolsonarista usa habeas corpus para se manter em silêncio em CPMI

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Priscilla Mazenotti - Repórter da Rádio Nacional
21/09/2023 - 20:39
Brasília

O blogueiro bolsonarista Wellington Macedo de Souza usou do habeas corpus para se manter em silêncio na CPI Mista dos Atos Golpistas. Ele, que foi condenado por envolvimento na colocação de uma bomba nas imediações do Aeroporto de Brasília na véspera do Natal passado, justificou.

O argumento de que não teve acesso aos autos foi de pronto rebatido pelos parlamentares. A deputada Jandira Feghali mesmo lembrou, por exemplo, que ele já foi condenado. Ou seja, foi sentenciado. Processo, portanto, público.

Mesmo assim, Wellington não respondeu às perguntas feitas pela relatora, a senadora Eliziane Gama. Ela queria entender como se deu esse planejamento para a instalação da bomba. O artefato foi levado no carro da esposa de Wellington. Entre as dúvidas: não havia temor dele ser identificado? Quem mais estava dentro do carro? A esposa sabia? Havia arrependimentos? E, mais uma vez, Wellington disse que a resposta era a mesma: o silêncio.

A relatora ainda tentou confrontar Wellington com a troca de mensagens que havia num dos grupos de whatsapp com outros condenados pela bomba e demais envolvidos nas articulações. Mensagens falando em fuzis, em atiradores, bomba, sniper. Segundo ela, não era uma ação isolada, mas um esquema organizado entre Wellington, Alan Diego dos Santos Rodrigues e George Washington Souza. Esses dois últimos também condenados e presos pela bomba.

Wellington Macedo só teve o depoimento marcado pela CPMI porque na semana passada ele foi preso. Era considerado foragido e foi encontrado no Paraguai. Quando tentou colocar a bomba no aeroporto, ele usava tornozeleira eletrônica porque já tinha sido condenado por ter incentivado atos antidemocráticos no 7 de setembro de 2021.

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