Na capital do Brasil, o Dia Mundial sem Carro levou um grupo de ciclistas para a Rodoviária do Plano piloto, área central, até a Câmara Legislativa do DF, também no centro da cidade.
O forte calor e o tempo seco não garantiram muita adesão, mas os participantes quiseram mostrar que é possível usar a bicicleta não somente para se exercitar, mas para se locomover no dia a dia.
Uma das ciclistas é a servidora pública do DF, Ana Pires, de 53 anos. Ela conta que abriu mão do carro há 8 anos e hoje faz tudo de bicicleta ou a pé. Para conseguir ir ao trabalho, pedalando, decidiu morar num bairro mais próximo também. Para ela, a saúde melhorou muito: tanto a física, quanto a mental.
Segundo a Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF, a capital do país tem mais de 600 km de ciclovia, sendo a segunda maior malha cicloviária do país, ficando atrás de São Paulo.
Ana Pires é voluntária do grupo Rodas da Paz e presta suporte a pessoas que se sentem inseguras em usar a bicicleta nas ciclovias e atravessar as avenidas. Ela também destacou que é importante o suporte das instituições e empresas para os trabalhadores.
Mas a bicicleta, no DF, funciona também para quem mora mais longe. Pelo menos é o que garante Marcelo Pocelti, de 51 anos, morador de São Sebastião, que fica a cerca de 25 quilômetros do centro de Brasília.
Na contramão do Dia Mundial Sem Carros, um estudo da Confederação Nacional dos Municípios, divulgado nesta sexta-feira (22), mostra que o Brasil possui um carro para pouco mais de três habitantes. A frota da capital paulista, por exemplo, é de 10% da população. Seguida das capitais, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília.