O Brasil vai assumir a presidência rotativa do Conselho de Segurança Organização das Nações Unidas (ONU), a partir deste domingo (1º), pelo período de um mês. O país ocupa uma das dez vagas do Conselho para membros não-permanentes, em um mandato que irá até o fim deste ano. De acordo com o Itamaraty, o principal tema que a delegação brasileira irá apresentar durante o período é a importância das instituições bilaterais, regionais e multilaterais para prevenir, resolver e mediar conflitos.
Segundo a secretaria de Assuntos Multilaterais e Políticos, do Ministério das Relações Exteriores, um dos exemplos que será mencionado no conselho é o tratado de Tlatelolco, firmado em 1967 pelos 33 países da América Latina e Caribe, para garantir a não-proliferação de armas nucleares na região. Temas como uma possível missão de apoio às forças de segurança do Haiti; a manutenção da missão da ONU que supervisiona as negociações de paz na Colômbia e questões relativas à guerra entre Ucrânia e Rússia também poderão ser abordadas.
No dia 24 de outubro, o ministro Mauro Vieira irá presidir um debate aberto sobre Oriente Médio, e no dia 25, outro debate aberto com tema 'Mulheres, Paz e Segurança'. Ainda no período da presidência brasileira ocorrerá um diálogo anual entre o Conselho de Segurança da ONU e o Conselho de Paz e Segurança da União Africana em Adis Abeba, capital da Etiópia e sede da União Africana.
Instituído em 1948 para zelar pela manutenção da paz e segurança internacional, o Conselho de Segurança da ONU tem cinco membros permanentes: China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia. O grupo de dez membros não-permanentes tem mandato de dois anos.