Em São Paulo, trabalhadores ameaçam greve geral para tentar barrar privatizações.
Os funcionários da Sabesp, a empresa de abastecimento de água de São Paulo, decidem nesta terça-feira se vão aderir à greve geral contra o programa de privatizações de serviços essenciais do governo de São Paulo.
Na semana passada, os trabalhadores do Metrô e da CPTM, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, já decidiram que vão parar por 24 horas no dia 3. As duas estatais paulistas de transporte sobre trilhos também estão no plano de privatização do governo.
A venda da Sabesp é promessa de campanha do governador Tarcísio de Freitas. Ele defende que a privatização vai aumentar investimentos e reduzir tarifas.
Já o presidente do Sintaema, O Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente, Jasé Faggian, lembra do histórico de empresas como a Cedae, no Rio de Janeiro e a Empresa Águas de Manaus em que as tarifas aumentaram pelo menos 30% depois das privatizações.
O governo paulista também promete privatizar o transporte público sobre trilhos que é deficitário, ou seja, gera prejuízo. Mas o receio dos críticos é de que a privatização de novas linhas do sistema resulte em piora do serviço. E o exemplo é a concessão das linhas 8 e 9 de trens para a Via Mobilidade há pouco mais de um ano e meio. Desde então cresceram os registros de problemas de trens operando com velocidades reduzidas, falhas de energia elétrica e descarrilhamentos.
A Assembleia para definir se os funcionários da SABESP aderem ou não à greve está marcada para essa terça-feira, às 18h.
