Castro se reúne com Pacheco para tratar da crise na segurança pública
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, esteve nesta quarta-feira (25) em Brasília para tratar da crise na segurança pública no Estado. Ele se reuniu com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e apresentou propostas para combater o crime organizado.
Segundo o governador fluminense, a crise da segurança pública precisa de soluções mais articuladas entre Estados e União. E leis mais rígidas para inibir a atuação do crime organizado, já que o problema, segundo ele, não é apenas do Rio, mas do Brasil.
Castro sugeriu a criação de uma comissão mista entre Câmara e Senado para acelerar a análise de propostas contra o crime.
Entre elas, o fim da progressão de penas para criminosos que atuam em serviços concessionados, como fornecimento de gás, água e energia.
E a criação de tarifas sociais pra esses serviços pra que as pessoas não precisem comprar exatamente dos criminosos. O fim da progressão seria aplicado também pra quem for pego com armas de guerra ou fazendo lavagem de dinheiro.
Além disso, seriam criados também gabinetes estaduais contra a lavagem de dinheiro.
O governador do Rio também vai se reunir com o ministro da Defesa, José Múcio, para pedir reforço nos aeroportos, portos e rodovias federais no estado.
O estopim dessa peregrinação do governador do Rio em Brasília foram os ataques criminosos desta segunda que incendiaram 35 ônibus e ao menos um trem na capital fluminense.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado, essa foi uma reação à operação policial que matou Matheus da Silva Rezende, o Faustão, um dos líderes milicianos da zona oeste da cidade.
De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, antes mesmo da ação criminosa desta segunda, o Governo já tinha mobilizado 550 agentes federais para atuar em áreas do Rio sob a responsabilidade federal.
Além disso, o governo do estado do Rio de Janeiro e o Ministério da Justiça e Segurança Pública iniciaram um trabalho conjunto para investigar a lavagem de dinheiro de organizações criminosas que atuam no território fluminense.
O secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli falou sobre isso nas redes sociais.
O objetivo é asfixiar financeiramente esses grupos, que mantêm controle sobre mais de 20% da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
O trabalho terá participação de representantes de instituições como a Fazenda Estadual, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras e a Secretaria Nacional de Segurança Pública, entre outros.
E segundo Capelli, as Forças Armadas podem reforçar a segurança também. A Marinha nas fronteiras marítimas do Rio, a Aeronáutica nos aeroportos do Rio e o Exercito nas fronteiras do país. Por enquanto, a atuação do exército no Rio não está prevista.