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Rio de Janeiro deixa de gerar R$ 2 bilhões por falta de reciclagem

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Priscila Thereso - Repórter Rádio Nacional
28/10/2023 - 09:48
Rio de Janeiro

O estado do Rio de Janeiro deixou de gerar R$ 2 bilhões em recursos, somente no ano de 2021, pela falta de reciclagem adequada dos resíduos sólidos secos, como papel, plástico, vidro e metal, por exemplo.

A informação é do Mapeamento de Recicláveis Pós-Consumo no estado do Rio de Janeiro, elaborado pela Firjan, Federação das Indústrias do Estado do Rio. A estimativa é baseada nos mais de dois milhões de toneladas de resíduos que tinham potencial de reciclagem, mas foram enviados para aterros sanitários.

O vice-presidente da Firjan CIRJ, Marco Saltini, destaca que faltam políticas públicas para o manejo adequado desses resíduos sólidos. De acordo com ele, o reaproveitamento de matéria-prima poderia gerar economia e impactar a geração de renda, empregos e arrecadação de impostos.

Há ainda, a questão ambiental, afirma Saltini. A reciclagem dos materiais que acabaram indo para aterros em 2021 evitaria a emissão de 5,3 milhões de toneladas de carbono. 

A Comlurb, companhia de limpeza urbana da cidade do Rio de Janeiro realiza o serviço de coleta seletiva em rota em 122 bairros. Todo o material coletado é entregue para 28 cooperativas de catadores, que fazem a separação e comercializam os produtos, como explica o coordenador da Coleta Seletiva da Comlurb, Edison Sanromã,

Segundo Sanromã, a Comlurb trabalha para ampliar a coleta seletiva e a quantidade de resíduos recicláveis.

Hoje, a Comlurb recolhe entre 1.200 e 1.300 toneladas de resíduo reciclável por mês. Já a secretaria estadual do ambiente e sustentabilidade do Rio informou que aderiu recentemente a uma iniciativa do Governo Federal que tem o objetivo de integrar e articular ações e projetos para a promoção e a defesa dos direitos dos profissionais que trabalham com materiais reutilizáveis e recicláveis. Atualmente são 58 cooperativas cadastradas no estado.

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