A Agência Nacional de Mineração realizou, nesta terça-feira (14), nova fiscalização de campo à Mina de Fábrica Nova, da Vale, em Mariana-MG para concluir a análise sobre a estabilidade da estrutura em pilhas de rejeitos de mineração.
Após a vistoria ocorrida na segunda-feira, a ANM informou, em nota, que não constatou anomalia aparente que represente risco às estruturas.
A ANM também se reuniu com a Vale e representantes da Defesa Civil estadual e municipal, do Ministério Público, Fundação Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais, Corpo de Bombeiros e Associação dos Moradores de Santa Rita.
De acordo com estudo preliminar apresentado pela Vale no encontro, não há risco iminente de ruptura da pilha ou mesmo do dique a jusante. E, por isso, não há necessidade da remoção de famílias. O termo 'dique a jusante' pode ser entendido como uma barreira que cresce sobre si mesma como uma pirâmide única na direção da corrente dos resíduos.
Segundo a Vale, a pilha de rejeitos em questão é uma estrutura de aterro constituída por material compactado, diferentemente de uma barragem, que é sujeita à liquefação do solo, ou seja, quando a massa rígida passa a se comportar como líquida.
Na última sexta-feira, a ANM interditou e suspendeu de imediato as atividades de rejeitos em pilhas da Mina de Fábrica Nova por falta de comprovação da estabilidade das estruturas.