Neste domingo, os argentinos voltam as urnas para escolher seu novo presidente da República no segundo turno mais disputado desde a redemocratização do país. 35 milhões de eleitores estão aptos para votação.
No primeiro turno, o candidato governista Sergio Massa, que representa o Peronismo, surpreendeu e ficou na frente com 36% dos votos.
O outro concorrente é Javier Milei, da coalizão de extrema-direita, que alcançou 30% dos votos no primeiro turno. A direitista Patritica Bulllrich, somou 23%, e de imediato declarou apoio à Milei.
Roberto Goulart Menezes, coordenador do Núcleo de Estudos Latino-Americanos da Universidade de Brasília, analisa que os indecisos devem decidir as eleições.
Sergio Massa é o atual ministro da economia, enfrenta a forte crise econômica do país, com a inflação ultrapassando 130% nos últimos 12 meses. Com 51 anos, ele disputa as eleições pela segunda vez. Em 2015, acabou em terceiro lugar.
Já Javier Milei, que se considera um anarcocapitalista, prometeu em campanha se afastar do Brasil, sair do Mercosul, fechar o banco central do seu país e dolarizar totalmente a economia argentina.
A política externa virou um dos principais debates das eleições. Roberto Goulart Menezes aponta que Milei pode dar um giro nas relações exteriores do país, se afastando até do ingresso aos Brics.Nesta semana, ao comentar as eleições argentinas, o presidente Lula disse que o povo argentino é soberano, mas ressaltou que é preciso que o país vizinho tenha um presidente que goste de democracia, que respeite as instituições, que goste do Mercosul e que goste da América do Sul.