Mulheres negras e indígenas são 2,5% dos professores de pós-graduação
O número de professores brancos em programas de pós-graduação nas áreas de ciências exatas, da terra e biológicas no Brasil é 12 vezes maior do que o de pretos, pardos e indígenas.
A desigualdade é ainda maior quando os dados de gênero são atrelados aos de raça. As mulheres pretas, pardas e indígenas são 2,5% do universo de professores.
No grupo majoritário, os homens brancos são 60,9% dos professores; enquanto as mulheres brancas somam 29,2%.
Estes primeiros resultados fazem parte do estudo “Diversidade Racial na Ciência”, que traz um retrato da desigualdade entre a presença de professores brancos, pretos, pardos e indígenas em programas de pós-graduação.
E esse levantamento está sendo feito pelo Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), em parceria com o Instituto Serrapilheira, uma instituição privada sem fins lucrativos.
De acordo com os pesquisadores, o foco da pesquisa nas ciências exatas e naturais se deu por serem áreas mais desiguais quando já observados outros fatores, como gênero.
A professora Márcia Rangel Cândido, do Instituto de Estudos Sociais da Uerj, que assina o estudo junto com o também professor Luiz Augusto Campos, defendeu mais inclusão e diversidade no corpo docente das pós-graduações. A declaração de Márcia Rangel foi durante o programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.
Os pesquisadores analisaram dados das áreas de astronomia/física, biodiversidade, ciência da computação, ciências biológicas, ciências exatas e da terra, geociências, matemática/probabilidade e estatística e química.
Segundo eles, a desigualdade racial nessas áreas de ensino fica flagrante quando se comparam essas proporções com a população brasileira. De acordo com o IBGE, os negros, que é a classificação que reúne pretos e pardos, representam 55,7% do total de brasileiros. Os indígenas são 0,83%. Dessa forma, os dois grupos ultrapassam 56% da população.
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