A Polícia Federal e o Ministério Público do estado do Rio de Janeiro continuam nesta quarta-feira (1º) a operação Embryo, contra acusados de integrar a milícia que atua na comunidade de Rio das Pedras, na zona oeste da capital fluminense. Dez pessoas já foram presas. Cinco na manhã desta quarta-feira (1º) e outras cinco na terça-feira, sendo três em flagrante.
Ao todo, são 13 mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada da Justiça do Rio.
Dentre os presos na tarde de terça-feira (31), dois são apontados como líderes do grupo. Um deles estava acompanhado por três seguranças, sendo dois policiais militares da ativa e um militar da reserva do Exército, que foram presos em flagrante.
As prisões ocorreram menos de um mês após três médicos serem executados por traficantes em um quiosque na Barra da Tijuca. A principal linha de investigação do crime sugere que os assassinos confundiram uma das vítimas, Perseu Ribeiro Almeida, com um miliciano preso nesta operação. No episódio, também morreram Marcos de Andrade Corsato e Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim, do Psol de São Paulo.
A Polícia Federal informou que as investigações começaram em dezembro de 2021, depois da prisão em flagrante de um homem suspeito de fazer a contabilidade do grupo criminoso. Desde então, 17 pessoas já foram denunciadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro sob a acusação de pertencerem à milícia.
Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades do Rio de Janeiro, Saquarema, na Região dos Lagos e Angra dos Reis.
Segundo a PF, os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, porte ilegal de arma de fogo e lavagem de dinheiro.