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Comitê Justiça por Marielle vê com apreensão vazamento de informações

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Carolina Pessoa - Repórter da Rádio Nacional
23/01/2024 - 19:31
Rio de Janeiro

O Comitê Justiça por Marielle e Anderson declarou em nota que vê com preocupação o vazamento de informações que possam comprometer as investigações dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O texto diz que o comitê aguarda com esperança que a delação de Ronnie Lessa, réu pela execução do crime, apresente novas provas para o avanço na busca por Justiça.

Mas o coletivo, formado por entidades de defesa dos Direitos Humano, pelo Instituto Marielle Franco e por familiares de Marielle e Anderson, ressaltou também que até o momento não houve atualizações oficiais por parte das autoridades envolvidas.

A declaração foi dada após diversas reportagens noticiarem que Lessa estaria negociando uma delação com a Polícia Federal, para revelar quem foi o mandante do crime. Mas a defesa de Ronnie Lessa disse não estar ciente da delação e que abandonará o caso, se ela tiver ocorrido, pois por ideologia jurídica não atua com delatores. A Polícia Federal informou que não se manifesta a respeito de investigações em andamento.

A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados a tiros em 2018, na região central do Rio de Janeiro. Ambos morreram na hora. O PM reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Elcio de Queiroz, foram presos um ano depois acusados pela execução do crime. No ano passado, a Polícia Federal passou a atuar no caso, o que trouxe novidades, como a delação de Elcio de Queiroz e a prisão de mais um acusado, mas até o momento os mandantes continuam desconhecidos.

No domingo, o Secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli, disse, em suas redes sociais, que o caso será esclarecido e tudo indica que não demorará.

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