O coronel da reserva Marcelo Câmara é um dos vários investigados que vai depor nesta tarde na Polícia Federal. Ele que é apontado como um dos responsáveis por um suposto sistema de inteligência paralelo no governo de Jair Bolsonaro, que teria monitorado o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
A estratégia da defesa de Câmara vai ser responder a todas as perguntas que forem possíveis. Segundo o advogado Eduardo Kuntz, que defende o militar, como o seu cliente não teve acesso a todo o processo, talvez ele não possa responder tudo.
A defesa deve seguir a linha de que não há provas de que monitorou ministros do Supremo; que ele nunca usou e nem tem tecnologia de vigilância; e que não repassou, de forma ilegal, informações para Bolsonaro com o objetivo de um golpe de estado.
Marcelo Câmara foi preso na Operação Tempus Veritatis.
Ele era um dos assessores mais próximos de Bolsonaro e tinha formação nas Forças Especiais do Exército. Segundo a investigação, ele teria vigiado Moraes no fim de 2022, o que indicaria acesso a informações privilegiadas e ações de vigilância de nível avançado.