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Maceió: ruas começam a ser fechadas por afundamento do solo

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Gabriel Corrêa - Repórter da Rádio Nacional
05/02/2024 - 13:26
São Luís

As ruas localizadas em toda a área afetada pelo afundamento do solo em Maceió, Alagoas, começaram a ser fechadas nesta segunda-feira (5). Na nova área bloqueada para circulação de carros, o cenário é de ruas desertas e casas abandonadas, com tijolos tampando portas e janelas.

Essa nova área proibida tem basicamente três acessos ainda abertos, onde são permitidos apenas condutores que quiserem evitar o fluxo de veículos no entorno. Muitas dessas ruas estão cercadas por placas de metal, com comércio e construções abandonadas.

Layanne Azevedo é proprietária de um salão de beleza, ainda aberto, na Av. Comendador Francisco de Amorim Leão, uma das poucas vias que continuarão acessíveis no bairro do Pinheiro.

Layanne diz que não recebeu nenhuma notificação desde o início da crise.

O bloqueio de trânsito foi solicitado pela Defesa Civil de Maceió para evitar acessos indevidos à área. A região está sendo monitorada 24 horas, junto com uma empresa terceirizada, contratada pela Braskem, explicou o coordenador-geral da defesa civil de Maceió, Abelardo Nobre.

O fechamento total das vias, com tapumes, em mais de 60 bloqueios, deve ser concluído em até 40 dias.

Na semana passada, um parecer técnico da Agência Nacional de Mineração não descartou a possibilidade de novos desmoronamentos na área de extração de sal-gema.

Segundo a Braskem, cerca de 40 mil pessoas foram preventivamente realocadas das áreas de risco, dentro de um Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação, que consta em um acordo assinado com autoridades. A extração de sal foi encerrada há quase 5 anos. As demolições dos imóveis em todos os trechos desocupados já passam de 40%.

Solicitamos à Defesa Civil, um posicionamento quanto à reclamação dos comerciantes das vias que continuarão abertas no bairro Pinheiro. Ainda sem resposta.

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