A Operação da Polícia Federal sobre o monitoramento ilegal da Abin teve mais uma reação no Congresso. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, enviou um ofício ao ministro do Supremo Alexandre de Moraes pedindo acesso à lista de parlamentares que podem ter sido monitorados ilegalmente pela Agência Brasileira de Inteligência no governo de Jair Bolsonaro. Moraes é o relator dessa ação.
Pacheco informou que pediu acesso a essa lista para tomar as medidas legais no Congresso. Segundo ele, se o monitoramento ilegal for comprovado, ele constitui também afronta às prerrogativas parlamentares, especialmente do livre exercício do mandato e do sigilo de suas fontes. Um pouco antes do envio desse ofício, Pacheco se reuniu com um grupo de parlamentares de oposição. Foram levar uma pauta legislativa, no entendimento do líder da oposição, Rogério Marinho, para reafirmar as prerrogativas do parlamento e fortalecer o legislativo.
Entre as medidas, mudanças no foro privilegiado, o fim do foro por prerrogativa de função em caso de crimes comuns, o que tiraria esse tipo de processo do guarda-chuva do Supremo. A proposta que está na Câmara, parada há alguns anos. Até por isso, Marinho pediu que Pacheco converse com o presidente da Câmara, Arthur Lira, para afinar o andamento da proposta.
Até o fim dessa semana, espera-se, segundo eles, uma resposta do Pacheco sobre essas proposições… O senador Flávio Bolsonaro estava na coletiva de imprensa. Falou sobre a operação. Disse que está claro que ele é o próximo alvo e negou ocultação de provas e chamou de falácia essa acusação de “Abin Paralela”.
