No ano em que o golpe militar completa seis décadas, uma exposição relembra os principais acontecimentos que culminaram no episódio. É a mostra “Rio 64 – a capital do golpe”, uma parceria entre a Associação Brasileira de Imprensa e o museu Rio Memórias.
A coordenadora do Rio Memórias, Lívia Baião, conversou com o Arte Clube, programa das Rádio Mec e Nacional, e deu mais informações sobre o evento. “A exposição traz eventos tais como o Comício da Central, que aconteceu no dia 13 de março, depois A Revolta dos Marinheiros, declarações do então governador Carlos Lacerda. Enfim, mostra os eventos que se sucederam e culminaram com o golpe no dia 1 de abril. Além desses eventos, a exposição apresenta o contexto cultural, intelectual e social da época”.
Entre esses acontecimentos estão a estreia da novela Alma Cigana, a primeira com capítulos diários na TV Tupi; a morte do compositor Ary Barroso, em um domingo de Carnaval; os principais programas de TV e filmes de sucesso na época.
“Essa exposição é importante porque ela relembra os acontecimentos que antecederam o golpe de 64 e como ele foi gestado, a participação da sociedade civil, o apoio dos Estados Unidos ao golpe, e diferente de outros países como Argentina e Chile, em que essas histórias são sempre lembradas e há inclusive memoriais que contam essas histórias, no Brasil há um silenciamento sobre este período”, disse Lívia.
A mostra pode ser vista na sede da Associação Brasileira de Imprensa, no centro do Rio de Janeiro; e também de modo virtual pelo site do Rio Memórias, que é riomemorias. com.br. A entrada é franca.