A Comunidade Pitanga dos Palmares, na Bahia, foi reconhecida, pelo Incra, como território quilombola. Ela fica localizada entre os municípios de Simões Filho e Candeias, na região metropolitana de Salvador e já havia sido declarada como remanescente quilombola, em 2004, pela Fundação Cultural Palmares.
Com uma área de cerca de 647 hectares, a comunidade tem, segundo o Censo 2022, 162 pessoas. Cento e cinquenta delas declaradas quilombolas, que manteve, ao longo dos anos, atividades sustentáveis como agricultura familiar, pesca artesanal e manejo da piaçava.
A população que se estabeleceu ainda no século 19 na Fazenda Mucambo, após resistir ao regime escravagista, enfrenta conflitos territoriais desde a década de 1940.
Esse cenário contribui para casos de violência, como o que resultou no assassinato da ialorixá e ex-secretária de Promoção da Igualdade Racial da cidade baiana de Simões Filho, Mãe Bernadete, em agosto do ano passado; e seu filho Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, conhecido como Binho do Quilombo, morto em setembro de 2017.