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Após críticas, governo do DF vai vetar pontos do plano urbanístico

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Renato Ribeiro - repórter da Rádio Nacional
26/06/2024 - 15:51
Brasília
Vista aérea do Eixo Rodoviário de Brasília (DF-002) Asa Norte  em Brasília
© TV Brasil

Após repercussão negativa, o governo do Distrito Federal informou que vai vetar pontos polêmicos do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília.

Entre eles, segundo o governador Ibaneis Rocha, estão a construção de hotéis, pousadas e motéis nas quadras 700 e 900, perto de escolas e igrejas; criação de um camping, na Asa Sul; e de comércio e serviços, no Setor de Embaixadas.

O anúncio de Ibaneis Rocha foi feito uma semana após a aprovação do projeto pela Câmara Legislativa do Distrito Federal. 

O texto autoriza ainda a construção de hotéis, na área central, com prédios passando de três para até 12 andares; além da venda de lotes para moradia na Orla do Lago Paranoá.

Essas mudanças, na avaliação de algumas organizações, podem “desfigurar” o projeto do urbanista Lúcio Costa e ameaçar o tombamento de Brasília. 

O professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB, Universidade de Brasília, Benny Schvarsberg, é um desses críticos. 

“Não me refiro mais a cheques em branco. É um verdadeiro talonário de cheques em branco com inúmeras proposições de desafetação, de áreas para parcelamento. Tem duas palavras que definem o caráter fundamental desse plano, que não é de preservação: permissividade e licenciosidade”.

O presidente do Iphan, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Leandro Grass, afirmou que o órgão é desfavorável a itens do projeto.

“Fizemos as recomendações, parte foi acatada e alguns itens, como esse dos hotéis, o governo insistiu em encaminhar na minuta original. No processo legislativo, o Iphan não foi ouvido, não foi consultado e, desde já, eu adianto o nosso posicionamento contrário”.

Segundo o GDF, novos pontos do plano urbanístico poderão ser vetados.

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