As polícias civil e militar do Rio de Janeiro estão investigando se houve excessos na abordagem feita por PMs a quatro adolescentes, sendo três deles negros, em Ipanema, zona sul da capital.
O caso aconteceu na quarta-feira (3), e chamou a atenção pela forma violenta com que os agentes agiram junto aos meninos negros.
Rhaiana Rondon, mãe do menino branco que estava no grupo, acusa os policiais de terem feito uma “abordagem desproporcional, racial e criminosa” aos jovens, todos amigos.
O jornalista Guga Noblat, que é tio do menino branco, divulgou o relato de Rhaiana em suas redes sociais. Segundo ela, os três adolescentes negros são filhos de diplomatas do Canadá, Gabão e Burkina Faso.
Um vídeo mostra os policiais chegando com armas em punho e colocando os adolescentes contra a parede, na porta da casa de um dos jovens.
Segundo o relato de Rhaiana, os adolescentes negros não entenderam o que os policiais disseram, por serem estrangeiros, e não conseguiram responder às perguntas.
Os PM liberaram o grupo após o adolescente branco explicar que eles são de Brasília e estão na cidade a turismo. Mas, antes, os agentes alertaram que não andassem na rua, para evitar novas abordagens.
De acordo com a assessoria de imprensa da PM, os policiais envolvidos na ação portavam câmeras corporais. As imagens serão analisadas para conferir se houve abuso.
Na mesma nota, a corporação afirma que os cursos de formação dos oficiais priorizam disciplinas como Direitos Humanos e Ética.
Segundo a Polícia Civil, a Delegacia Especial de Apoio ao Turismo já iniciou uma investigação, depois das notícias sobre o ocorrido.
* Com informações da Agência Brasil e supervisão de Tâmara Freire