Por causa do aumento recorde nos focos de queimadas e da densa nuvem de fumaça que cobre praticamente todo o estado, o Governo do Amazonas ampliou o decreto de situação de emergência ambiental para todos os 62 municípios. Além disso, também foi declarada situação de emergência em Saúde Pública. A decisão levou em consideração o risco sanitário causado pela baixa das águas dos rios e a dificuldade no acesso aos serviços de Saúde nas localidades mais afetadas.
O governo do Amazonas estima que mais de 309 mil pessoas estão sendo afetadas pela seca severa e pelas queimadas no estado. Foram mais de 10.800 focos de incêndio entre 3 de junho e 27 de agosto, segundo o Corpo de Bombeiros do estado.
Nas últimas semanas, várias cidades do Estado, entre elas a capital, Manaus, têm registrado níveis de poluição do ar considerados “muito ruins” ou “péssimos”, na escala do Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental, da Universidade do Estado do Amazonas, que monitora as queimadas e a qualidade do ar.
Mais de 600 agentes do corpo de bombeiros e brigadistas estão em campo no combate aos incêndios. Outros 85 brigadistas devem começar a atuar no início de setembro.
Em paralelo, as Polícias Civil e Militar, em conjunto com os órgãos ambientais continuam as fiscalizações. Entre 30 de abril e 27 de agosto, foram registradas em todo o Estado, 168 prisões e detenções de pessoas pela prática de crimes ambientais.
Desde o dia 2 de janeiro foram aplicados 327 embargos, interrompendo atividades que estavam causando danos ao meio ambiente ou que estavam em desacordo com as leis e normas ambientais.
