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Concurso de Macaé tem questões machistas anuladas após revolta popular

Conteúdo foi alvo de reclamações e município exigiu medidas imediatas
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Tatiana Alves - repórter da Rádio Nacional
16/10/2024 - 12:42
Rio de Janeiro
Alunos em sala de aula. Foto: Sam Balye/Unsplash
© Sam Balye/Unsplash

O concurso público realizado no último domingo pela Prefeitura de Macaé, no norte do Rio de Janeiro, surpreendeu por incluir na prova de conhecimentos gerais duas questões consideradas machistas e misóginas. E que acabaram sendo anuladas nesta terça-feira (15).

Depois da enxurrada de críticas nas redes sociais, o município divulgou nota de repúdio exigindo medidas corretivas imediatas por parte da Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pela elaboração das perguntas.

Por sua vez, a FGV justificou a anulação das duas questões, dizendo que não seguiam os princípios da fundação, e anunciou que todos os candidatos vão ganhar os pontos correspondentes a ao conteúdo, que estava na avaliação de Língua Portuguesa aplicada para cargos de professor.

A questão considerada machista pedia para o candidato apontar em um texto a frase que não apresentava crítica "ao fato de a mulher falar demais”. As cinco opções eram grosseiras e ofensivas, incluindo uma que dizia: “'A língua da mulher não cala nem depois de cortada''”.

Já na pergunta de teor misógino, os candidatos se depararam com comparações de teor desqualificatório para mulheres e vexatório para crianças. Entre os exemplos: ''A mulher é como um defeito de natureza'' e “Ter crianças em casa é como ter um jogo de boliche instalado no cérebro.

Nas redes sociais, internautas manifestaram revolta e perplexidade, inclusive classificando os termos usados como “absurdos”.

Mais de 43 mil pessoas fizeram o concurso, que oferece 824 vagas de níveis médio e superior em diversas áreas, inclusive educação.

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