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PGR pede cooperação jurídica entre países do G20 para combater o crime

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Tatiana Alves - repórter da Rádio Nacional
22/10/2024 - 12:04
Rio de Janeiro
Brasília (DF) 13/12/2023 Sabatina na CCJ do Senado do senador licenciado e atual ministro da Justiça, Flávio Dino, indicado para o cargo de ministro do (STF); e o subprocurador Paulo Gonet, indicado para chefiar a Procuradoria-Geral da República (PGR). Foto Lula Marques/ Agência Brasil
© Lula Marques/ Agência Brasil

O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, pediu que a cooperação jurídica entre os países do G20 seja intensificada para combater o crime transnacional. Ele também defendeu respostas efetivas aos fenômenos climáticos globais. O discurso foi feito durante a abertura dos trabalhos técnicos da primeira Cúpula dos Procuradores-Gerais dos países do G20, promovida na segunda-feira pelo Ministério Público Federal no Rio de Janeiro.

"Embora tenhamos uma série de canais burocráticos para vencer no combate ao crime, os criminosos não têm nenhum canal burocrático; eles entram em contato imediatamente. Para que a gente vença essa guerra, precisamos ser mais ágeis. O grande propósito desse congresso é justamente propiciar meios para essa maior agilidade em nossa atuação conjunta".

Paulo Gonet entende que um caminho para acabar com a criminalidade é a aniquilação do poderio financeiro dessas organizações.

"Todos os aspectos relacionados com a criminalidade transnacional passam pela lavagem de dinheiro. Uma grande meta é sufocar financeiramente essas organizações internacionais. O caminho é descobrir, investigar e punir".

Segundo ele, para alcançar essas metas, também é imprescindível o apoio compartilhado das nações para a defesa de direitos básicos e do meio ambiente sustentável. Nesse contexto, Gonet defendeu que a Cúpula dos Procuradores-Gerais se torne grupo oficial de engajamento no bloco econômico, com reuniões anuais.

O evento reúne até esta terça os chefes do Ministério Público de 21 países do bloco econômico e convidados da Presidência brasileira no G20.

Durante o primeiro dia de reuniões, os procuradores-gerais apresentaram ações desenvolvidas em seus países para o combate à criminalidade. A influência das novas tecnologias na expansão do crime organizado transnacional foi outro ponto levantado pelos participantes.

Os participantes também abordaram ações de combate a crimes ambientais, como tráfico de animais silvestres, desmatamento, garimpo ilegal e transporte irregular de resíduos.

Nesta terça-feira, 22, último dia do encontro, será elaborada a Declaração do PG20 Rio, com a definição de ações conjuntas e projetos de cooperação jurídica que beneficiem de forma mútua todos os países envolvidos.

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