Áreas afetadas por chuvas em Salvador começam a ser reconstruídas
Após as fortes chuvas que atingiram Salvador na última semana, a prefeitura da capital baiana começou a reconstruir as áreas afetadas na comunidade de Saramandaia, onde dois jovens morreram após deslizamentos de terra. Os moradores foram retirados da área de risco e as famílias cadastradas terão acesso ao auxílio social. Agora, os técnicos fazem os estudos para contenção da área afetada. As demolições começaram na segunda-feira (2).
A capital baiana, Salvador, tem pelo menos 171 áreas de risco mapeadas pela Defesa Civil Municipal entre 2016 e abril deste ano. O bairro da Saramandaia já estava entre os locais com áreas de risco desde 2018. Os bairros de Castelo Branco, Alto da Terezinha e Paripe, todos na região norte da cidade, são os que apresentam mais áreas de risco. Cinco ou mais áreas, cada um desses três bairros.
Segundo a prefeitura, a ocupação urbana de forma irregular e desordenada é um dos principais problemas enfrentados. O risco é principalmente no período de chuva, por causa dos deslizamentos de terra e desabamentos de imóveis.
O mapeamento começou após deslizamentos que mataram 16 pessoas no bairro Bom Juá e no Barro Branco, localidades com histórico de vítimas fatais. De acordo com a Defesa Civil, a atuação tem sido com foco na prevenção. Além do mapeamento, as áreas são monitoradas para acompanhamento e possível alteração do grau de risco das áreas.
As chuvas que atingiram Salvador na última semana causaram alagamentos em vários pontos da região metropolitana. Em São Martin, por exemplo, o acumulado foi de 464 mm, ou seja, quatro vezes mais que a média histórica de novembro. Em Saramandaia, local da tragédia, foi de 420 mm. Um recorde para o mês de novembro desde 1963.