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Júri condena três ex-PRFs pela tortura e morte de Genivaldo

Por infração de trânsito, ele foi forçado a inalar gás lacrimogêneo
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Gésio Passos
07/12/2024 - 10:28
Brasília
Brasília 06/12/2024 Iniciado na manhã desta sexta-feira (6) o último dia do Tribunal do Júri do caso Genivaldo de Jesus Santos, que morreu durante uma abordagem policial. Foto TRF5
© Foto TRF5

Na madrugada deste sábado (7), o Tribunal do Júri de Sergipe condenou três ex-policiais rodoviários federais pela morte de Genivaldo de Jesus Santos. 
O crime aconteceu em 2022, quando Genivaldo, de 38 anos, foi parado pelos ex-agentes em uma rodovia na cidade de Umbaúba, em Sergipe. Durante a abordagem, ele foi trancado no porta-malas da viatura, utilizada como uma espécie de câmara de gás, sendo torturado durante vários minutos inalando gás lacrimogêneo, e morrendo por asfixia e insuficiência respiratória.

O ex-policial da PRF Paulo Rodolpho Nascimento foi condenado a 28 anos de reclusão por homicídio triplamente qualificado: por asfixia, por motivo fútil e sem chance de defesa da vítima.

Já William Barros Noia e Kleber Nascimento Freitas foram sentenciados a penas de 23 anos, um mês e nove dias por crime de tortura, com resultado de morte não intencional.

O tribunal do júri durou 12 dias, com mais de 30 testemunhas.

Genivaldo era diagnosticado com esquizofrenia. A ação veio a público após a gravação do ato por testemunhas e ganhou repercussão dentro e fora do Brasil. Em 2023, os três acusados foram demitidos da PRF, após recomendação da corregedoria da corporação. Eles estão presos desde 2022. 

 

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