SP: blocos de carnaval de rua pedem ações por uma folia segura
Os organizadores dos blocos de carnaval de rua da capital paulista estão preocupados com a hidratação dos foliões. O Movimento As Águas Vão Rolar apresentou à prefeitura de São Paulo e à SPTuris, que organiza a infraestrutura e as regras dos blocos, uma carta com recomendações para um evento de carnaval seguro.
O documento assinado pelo movimento propõe que haja pontos de acesso ou distribuição gratuita de água potável, com bebedouros, ilhas de hidratação ou distribuição de embalagens em garrafas para uso pessoal. Já para a água engarrafada, os organizadores dos blocos querem preços razoáveis, com fiscalização dos vendedores.
Os foliões também defendem a possibilidade de flexibilizar os horários dos desfiles. Os organizadores querem que, no caso de temperaturas acima dos 32 graus, ou sob situação de enxurradas, alagamentos e enchentes, o bloco tenha o poder de decidir atrasar a concentração ou a saída do desfile sem aviso prévio, com possibilidade de adiar para o período noturno. Querem também a possibilidade de novas datas para os desfiles, caso haja eventos climáticos severos, como a previsão de temporais.
Só que esses pontos são polêmicos, porque alteram normas de proibição do som e dispersão a partir das 19h, estabelecida pela Guia de regras e orientações do carnaval de rua 2025 em São Paulo. E já foram debatidos com a prefeitura nos últimos carnavais, que foi exigente com os critérios.
Com 767 blocos, a cidade de São Paulo vai bater recorde no Carnaval de rua este ano. Estão previstos mais de 800 desfiles entre os dias 22 e 23 de fevereiro e 8 e 9 de março. É o maior número da história da cidade.