A medida é para impedir que cidadãos britânicos que estão lutando pelo Estado Islâmico na Síria e no Iraque, retornem ao país. A expectativa é de que a proposta seja apresentada ainda este mês, para que passe a valer já em 2015.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, que está na Austrália para participar da cúpula do G20 (grupo de países desenvolvidos e em desenvolvimento), disse nesta sexta-feira que novos poderes serão dados à polícia, de apreender passaportes e parar suspeitos.
Pessoas com comprovado envolvimento com o jihadismo, incluindo jovens com idade inferior a 18 anos, serão impedidos de retornar ao Reino Unido por dois anos, e só entrarão novamente se concordarem em enfrentar julgamento, detenção e monitoramento policial, além de terem que se engajar em ações antiterroristas. Passaportes podem ser apreendidos por até 30 dias e mais de uma vez, se for necessário. Enquanto estiver com o passaporte apreendido, o passageiro constará na lista de não autorizados a voar.
A nova lei também visa garantir que as companhias aéreas impeçam o embarque de passageiros não autorizados a voar, bem como se adéquem às medidas de rastreio a serem implementadas por meio da nova lei.
A ameaça de grupos extremistas islâmicos é uma preocupação para o Reino Unido, diante do grande número de europeus que estão migrando para a Síria e Iraque para lutar pelo Estado Islâmico. Estimativas da União Europeia apontam que mais de 3 mil cidadãos europeus se juntaram às fileiras extremistas na Síria e no Iraque. Pelo menos 500 deles são de origem britânica. A maior proporção é de jovens com idade entre 16 e 21 anos.