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Internacional

Especial relembra cinco anos do terremoto no Haiti

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Ana Graziela Aguiar
12/01/2015 - 17:49
Porto Príncipe, Haiti

O cenário era de destruição. Pessoas caminhavam pelas ruas de Porto Príncipe sem saber para onde ir. Casas e prédios destruídos. Milhares de mortos – estima-se que mais de 200 mil. A TV Brasil foi a primeira emissora a chegar ao Haiti depois do terremoto, em janeiro de 2010. O repórter cinematográfico Gilvan Rocha relembra o que presenciou.

 

"A cidade estava totalmente destruída. O que me chamou a atenção é que as pessosa ficavam na rua. Muita gente andando sem saber pra onde ir, pra lá e pra cá."

 

O epicentro do terremoto no Haiti foi a 15 km da capital, Porto Príncipe. O tremor principal registrou 7,3 pontos de magnitude na escala richter. Ainda há vestígios do tremor em vários pontos da cidade. A catedral de Notre Dame ainda não foi reconstruída, assim como o Palácio do Governo.

 

Mas as avenidas começam a receber iluminação pública. A maior parte dos abrigos foi substituída por casas simples. Os haitianos vivem com pouco mais de um dólar por dia. O país não tem coleta de lixo e o esgoto corre a céu aberto.

 

Joel Joseph é artista de rua e perdeu um tio e tudo o que tinha no terremoto. Ele conta que todos os haitianos sentiram que a partir daquele dia o país já não seria o mesmo.

 

"Quando houve o terremoto, todos nós sentíamos como se o mundo já não mais existisse."

 

O terremoto não atingiu apenas os haitianos. Militares brasileiros que atuam na Força de Paz da ONU desde 2004 também sentiram os reflexos do tremor. Dezoito deles morreram. A tenente Ana Cardoso estava na base brasileira e conta o que vivenciou.

 

“A sensação, que a gente tem, que eu tive assim, era que passava um rio caudaloso debaixo dos meus pés, era uma coisa assim, impressionante, ele foi muito, muito forte aqui.”

 

A missão brasileira ainda atua na reconstrução do Haiti. José Luís Jaborandy Júnior, general do Rxército e comandante do componente militar da Minustah, afirma que é possível ver alguma melhora nesses cinco anos. Mas os passos ainda são lentos.

 

“A gente ouve já discursos de autoridades nacionais falando da necessidade de investimento na educação, de retomada do crescimento econômico. São evoluções lentas, mas são positivas. Isso faz com que a comunidade internacional se encha de esperança e continue apoiando o Haiti em sua caminhada rumo ao futuro.”

 

Em julho, um novo contigente de militares brasileiros irá para o Haiti. A ONU já determinou a redução do contingente do Brasil e de outros países de 1,2 mil para 850 militares. As definições sobre a missão de paz são do Conselho de Segurança da ONU.

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