O Departamento de Justiça dos Estados Unidos, o FBI e o Internal Revenue Service (IRS), uma espécie de Receita Federal norte-americana, afirmaram que as investigações sobre a Federação Internacional de Futebol (Fifa) estão só no começo e que o objetivo é acabar com a “corrupção sistêmica” que atinge a entidade internacional.
Na entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (27), a procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch, os diretores do IRS e do FBI apresentaram detalhes sobre a investigação de esquema de corrupção, extorsão e lavagem de dinheiro em um período de quase 24 anos. Pelo menos US$ 150 milhões - quase R$ 500 milhões - foram usados nas transações investigadas.
A procuradora Lynch comparou a Fifa a organizações de família da máfia e cartéis de drogas. Ela disse que os esquemas envolvem altos executivos, outras agências e milhões de dólares que foram usados para o pagamento de propina.
Lynch detalhou que a próxima etapa do processo será pedir a extradição dos acusados aos Estados Unidos para o julgamento. "Eles corromperam os negócios do futebol mundial para servir os seus interesses e para se enriquecerem pessoalmente", acusou.
Sobre a investigação, o FBI afirmou que o processo não foi finalizado.