A prefeitura de Paris pediu que os moradores da cidade não saiam às ruas. Todas as universidades e escolas estão fechadas neste sábado.
Homens armados promoveram ataques em pelo menos seis pontos da cidade. A professora de cinema da Universidade Federal de Pernambuco, Mannu Costa, que está fazendo doutorado em Paris, relata momentos de tensão na noite de sexta.
Sonora: "Eu tava na rua, perto do centro de Paris com amigas. A gente foi avisada por outra amiga do que tava acontecendo. Resolvemos então sair e ir pra casa da forma mais rápida e segura possível. Quando eu cheguei, moro num lugar que é bastante turístico, e na sexta-feira tem muita gente até tarde da noite, às 11 horas já tava muita coisa fechando. Nesse tempo enquanto eu tava vindo pra casa muitas mensagens da família e dos amigos chegando".
O pior dos ataques ocorreu na casa de espetáculos Bataclan. Quatro homens dispararam sem critério contra a multidão que assistia a um show. Criminosos chegaram a fazer reféns. A polícia precisou invadir o local. A maioria das mortes ocorreu no Bataclan.
Também ocorreram explosões no Stade de France onde era realizado um jogo de futebol entre França e Alemanha. A partida não foi interrompida, mas logo após o encerramento torcedores ocuparam o gramado com medo de deixar o local. O presidente da França acompanhava o jogo e deixarou o estádio às pressas. A informação é de que um homem detonou um colete explosivo.
O professor Luiz Carlos Iasbeck, que mora em Brasília, está passando férias com a esposa em Paris. Ele conta que resolveu não sair na noite desta sexta apesar ter planejado assistir ao jogo no estádio e de ter reservado um restaurante.
Sonora: "Um dia emblemático e foi também meu aniversário. E alguma intuição por alguma eu decidi não ir ao jogo e a noite quando chegamos em casa ia se preparar para sair também deu um pouco de preguiça e cancelei o jantar. Foi pura intuição. Em casa a gente ligou a televisão, é perto de onde aconteceram os atentados e a gente só ouvia sirenes de carros de polícia, muito barulho na rua".
Oito terroristas morreram durante a ação. Sete deles estariam equipados com bombas.
O presidente Francês declarou neste sábado luto de três dias e atribuiu os ataques ao estado islâmico. O grupo reivindicou a autoria dos atos de terrorismo. O assunto será tratado pelo Congresso Nacional da França em sessão extraordinária convocada por François Hollande.
Colaborou Juliana Cézar Nunes





