O teste feito pela Coreia do Norte com uma miniatura de bomba de hidrogênio ganhou repercussão não só na diplomacia internacional, mas também na comunidade científica. O caso levou cientistas a debaterem o potencial de destruição do armamento.
A bomba H, como é conhecida, tem uma potência até mil vezes maior que a bomba atômica e, por isso, pode ter provocado um tremor de terra que foi sentido na região. Enquanto a bomba atômica gera energia a partir da fissão de átomos, ou seja, a divisão, o artefato de hidrogênio tem energia a partir da fusão, ou união.
O pesquisador Luis Terremoto, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares na Universidade de São Paulo, explica a diferença no potencial de destruição entre as bombas. Ele diz que um megatom, ou seja, um milhão de toneladas de dinamite, pode destruir um raio de 50 quilômetros. A bomba H possui dezenas de megatons.
O anúncio também intensificou a tensão internacional sobre a Coreia do Norte. É o que afirma o professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, Antônio Jorge da Rocha. Ele explica que o país vai continuar isolado na relação com outras nações, o que favorece o regime totalitário do líder comunista Kim Jong-un.
Segundo o professor, o país deve seguir seu posicionamento em relação a bombas nucleares, mesmo após várias nações condenarem o teste.
Segundo o pesquisador Luiz Terremoto, cinco países já fizeram testes com a bomba de hidrogênio: Estados Unidos, extinta União Soviética, Reino Unido, França e China.