Nessa sexta-feira (29), o Papa Francisco foi pela primeira vez a Auschwitz, o antigo campo de concentração dos nazistas, na Polônia. Foi uma visita silenciosa, sem discursos, nem multidões. Essa foi a forma escolhida pelo pontífice para homenagear as vítimas e refletir sobre as atrocidades que aconteceram lá. Mais de um milhão de pessoas, a maioria judeus, foram mortas no campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial.
Ainda em silêncio, Papa Francisco cumprimentou sobreviventes do holocausto e cristãos poloneses que arriscaram a vida para esconder e proteger judeus. Sozinho, ele rezou em diversos momentos da visita. A única declaração foi registrada no livro de visitantes do memorial de Auschwitz. O Papa escreveu: “Senhor, tenha piedade do seu povo. Senhor, perdoe tamanha crueldade”.
Esse foi o terceiro dia da visita à Polônia, que termina no domingo. O país sedia a Jornada Mundial da Juventude, um encontro de jovens católicos. Na chegada, Papa Francisco defendeu o acolhimento de refugiados.
Sonora: “Um coração misericordioso é capaz de ser um refúgio para aqueles que não tem casa ou a perderam; é capaz de construir um ambiente de lar e de família para aqueles que emigraram; é capaz de repartir o pão com quem tem fome e de acolher refugiados e migrantes. Dizer a palavra misericórdia é falar em oportunidade, futuro, comprometimento, confiança, abertura, hospitalidade, compaixão e sonhos”.
A responsabilidade dos países europeus diante da crise migratória é uma questão controversa na Polônia. O governo, liderado por um partido de direita, nacionalista, se recusa a participar do esquema europeu para receber refugiados. A justificativa é de que não dá para garantir a segurança.