Declarações de Trump sobre protestos na Virgínia provocam reações no mundo
A primeira-ministra do Reino Unido, a conservadora Theresa May, disse que não há equivalência entre os que propõe visões de mundo fascistas e os que se opõem a elas. E afirmou que é importante que líderes condenem a extrema direita.
Foi uma resposta à declaração desta terça-feira do presidente dos Estados Unidos, Donal Trumpo, de que os manifestantes que protestaram contra supremacistas brancos em Charlottesvile no último sábado também eram responsáveis pela violência.
Um dos manifestantes que protestava contra a retirada da estátua de um líder confederado na cidade de Charlottesville atropelou uma multidão, ferindo dezenove pessoas e levando à morte uma jovem de 32 anos.
Nesta quarta, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha disse que as consequências de deixar extremistas tomarem as rédeas devem ser uma lição para a Alemanha e a Europa.
A ONU também condenou a violência racial nos Estados Unidos.
Em meio às amplas condenações ao atual presidente dos Estados Unidos, quem voltou a fazer sucesso foi alguém que já ocupou a mesma cadeira de Trump. Com um post na internet, o ex presidente Barack Obama conseguiu quebrar o recorde de curtidas da história do twitter.
Ele postou uma frase do ícone contra o apartheid na áfrica do sul, Nelson Mandela, dizendo que “ninguém nasce odiando outra pessoa por causa da cor da sua pele, seus antepassados ou sua religião”.
Houve quem apoiasse Trump. O ex líder da Ku Klux Klan agradeceu o presidente pelas suas declarações.
Mas Trump perdeu importantes aliados. Dois membros do seu conselho industrial renunciaram, dizendo que suas declarações demonstram tolerância com o terrorismo doméstico. Outros empresários também abandonaram Trump. O presidente decidiu extinguir o conselho.
O líder do Senado Mitch Mcconnel e os ex-presidentes republicanos George H W Bush e George W Bush também se pronunciaram contra a retórica de Trump.
Nesta quarta, houve manifestações em Memphis, no Tenesee, para retirar uma estátua de um líder confederado e protestos em Chicago.