Depois de protestos supremacistas, Charlottesville amanhece em vigília por Heather Heyer
O domingo foi de vigília e orações na cidade de Charlotesville, no estado da Virgínia. Centenas de pessoas fizeram homenagens a Heather Heyer, uma americana branca de 32 anos, defensora dos direitos civis.
Ela morreu no sábado (12), quando um carro foi lançado sobre os manifestantes antifascistas que se posicionavam contra o grupo defensor da supremacia branca, o chamado União da Direita, que está por trás dos protestos de sexta e sábado que trouxeram às ruas da cidade o discurso racista com elementos da Ku Klux Klan e neonazista.
Além de Heather, 19 pessoas foram feridas pelo lançamento do carro. A polícia aponta como principal suspeito James Alex Fields, um rapaz de 20 anos, que participou dos protestos porque era contra a retirada da estátua do general Robert Lee, um dos símbolos do movimento separatista que lutou contra a abolição da escravatura no país. O caso está sendo investigado pelo FBI.
O presidente Donald Trump foi muito criticado porque não fez, em seu discurso no sábado, nenhuma referência clara para coibir a ação do grupo que defende a supremacia branca. O enfrentamento entre o grupo de extrema direita e os antifascistas, entre eles o Black Lives Matter, que luta pelo fim da violência contra os negros, é considerado o mair episódio de tensão racial das últimas décadas, no país.
Trump não voltou a comentar o episódio no domingo, mas o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, H. R. McMaster, chamou o acontecimento de ato de terrorismo.
Em meio à repercussão dos violentos protestos, foi lançado, no domingo, um vídeo institucional com a pré-campanha de reeleição de Trump. No país, os presidentes começam a lançar vídeos de pré-campanha em meados do primeiro mandato, perto de completarem dois anos de mandato. Trump lançou sua pré-candidatura antes de completar seus oito meses à frente da Casa Branca.
