Porto Rico pede U$ 94 bilhões para se recuperar da passagem de furacões
A ilha de Porto Rico ainda enfrenta os efeitos da passagem dos furacões Irma, no começo de setembro e Maria que atingiu o território portorriquenho na última semana de setembro.
Quase dois meses depois da passagem do furacão Maria, a maior parte da ilha ainda não tem água, energia elétrica e nem serviços de comunicação telefônica.
O governo local anunciou nessa segunda-feira (13) que vai pedir U$ 94 bi ao Congresso americano ao para reconstrução do que foi perdido.
O governador Ricardo Rosselló afirmou que as perdas sofridas pela ilha ultrapassam as que afligiram o Texas, na passagem do Furacão Harvey, no mês de agosto.
O Texas pediu ao governo federal a liberação de U$61 bi para reparação das perdas deixadas pelo Harvey.
Rosselló apresentou um relatório que detalha os custos da reconstrução, e afirmou que os U$94 bi "ainda é um número conservador".
O dinheiro pedido deverá ser usado para construção de habitações, reparação da geração de energia elétrica, estradas, serviços sanitários, saúde e educação.
Pelo menos 150 mil pessoas abandonaram a ilha, segundo estimativa fornecida pelo governo e pelo menos 5 mil estabelecimentos comerciais fecharam as portas.
A ilha - que vive principalmente do turismo - já enfrenta uma taxa maior de desempregados, que deve chegar a 20%.
O Congresso já aprovou U$ 5bi de ajuda para a ilha. Mas Rosselló diz que é insuficiente.
Ele afirmou que o grande problema é que os recursos gerados pelas empresas que estão na ilha não são investidos em seu território.
O governador pediu que a reforma tributária que está na pauta do Congresso, crie algum mecanismo de proteção para que os recursos gerados no território de Porto Rico sejam investidos localmente.
Após a passagem de Irma e Maria, o presidente americano Donald Trump foi acusado de negligência pela imprensa e também por membros do governo local.
Trump demorou, por exemplo, a suspender a proibição de que navios estrangeiros cheguem aos portos da ilha.
Isso, segundo a população local afetou o abastecimento de água potável, alimentos e combustíveis.