O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, se reuniu hoje (15) com Pedro Sánchez, o líder do seu partido, o PSOE, para definir estratégias sobre como manter o controle do governo catalão. Ontem (14) a Catalunha elegeu um novo presidente. Quim Torra, assim como o seu antecessor, Carles Puigdemont, é separatista e quer a independência da região.
Quim Torra, em seu discurso de posse, repetiu diversas vezes que o presidente legítimo da Catalunha é Carles Puigdemont, o pivô do desafio independentista, que está autoexilado na Alemanha. Hoje, em seu primeiro ato como presidente, Torra visitará Puigdemont em Berlim.
Eleito com 66 votos a favor e 65 contra, Torra prometeu dar sequência à criação da República catalã e reempossar todos os políticos que foram destituídos com a aplicação do artigo 155, no final do ano passado, quando Puigdemont realizou um referendo considerado ilegal pelo governo central.
O primeiro-ministro Mariano Rajoy e o líder do PSOE estabeleceram hoje um acordo para lidar com o desafio separatista. Em uma declaração conjunta, PSOE e o governo acusaram Torra pela "natureza xenófoba de suas manifestações públicas" e afirmaram que manterão o controle das finanças do governo catalão.
Rajoy e Sánchez indicaram que podem voltar a aplicar o artigo 155 da Constituição, que permitiu suspender temporariamente a autonomia da Catalunha, destituir Puigdemont e diversos conselheiros envolvidos na tentativa independentista e convocar novas eleições.