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Internacional

Apoiadores de Guaidó deixam embaixada da Venezuela após 13h de ocupação

13h de ocupação
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Kariane Costa
13/11/2019 - 19:53
Brasília

Após 13 horas de ocupação, o grupo de venezuelanos apoiadores do autoproclamado presidente da Venezuela Juan Guaidó, deixou a embaixada da Venezuela em Brasília, por volta das 17h30 desta quarta-feira.


O grupo saiu pelos fundos da embaixada, escoltado pela Polícia Militar.


Três deputados federais participaram das negociações: Sâmia Bonfim e Glauber Braga, do Psol, e Paulo Pimenta, do PT, que foram para o local intermediar as negociações, bem como o coordenador geral de Privilégios e Imunidades do Ministério das Relações Exteriores, Maurício Correia.


O grupo ligado a Guaidó, opositor do presidente Nicolás Maduro, entrou na embaixada na madrugada da quarta-feira, por volta das 5h.


Eles defendem que a representante indicada por Guaidó para o cargo de embaixadora no Brasil, María Teresa Belandria, chefiasse a embaixada.


Em comunicado, a embaixadora nomeada por Juan Guaidó pediu que todos os empregados dos sete consulados venezuelanos no país reconheçam Guaidó como presidente.


Manifestantes a favor e contrários chegaram a entrar em conflito na porta da embaixada, mas a situação foi controlada pela Polícia Militar.


Pelas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro repudiou o episódio, e informou que o governo toma todas as medidas necessárias para resguardar a ordem pública e evitar atos de violência, de acordo com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.


O Gabinete de Segurança Institucional se manifestou sobre o caso e informou, por meio de nota, que “o presidente da República jamais tomou conhecimento e, muito menos, incentivou a invasão da Embaixada da Venezuela por partidários do Sr. Juan Guaidó".


O ministro-conselheiro da embaixada nomeado por Guaidó, Tomás Silva, disse que os funcionários da embaixada reconheceram o presidente autoproclamado e fizeram a entrega da residência e do escritório da embaixada da Venezuela no Brasil.


Já o deputado Paulo Pimenta afirma que houve agressão a funcionários e familiares que moram no local.

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