Em crise, Venezuela convive com 2 presidentes da Assembleia Nacional
A Venezuela vive uma crise política nos últimos dias. O domingo (05) passado foi um dia conturbado, com opositores do presidente Nicolás Maduro, inclusive Juan Guaidó, sendo impedidos de entrar no Palácio Legislativo. Apoiadores do presidente, em uma sessão relâmpago e sem quórum, aprovaram a eleição de Luis Parra, um político pouco conhecido, para a presidência do órgão.
No entanto, do lado de fora, na redação de um jornal, Juan Guaidó, deputado e autoproclamado presidente interino do país era reeleito pelos votos de 100 deputados, mais do que os 84 necessários para a sua recondução ao cargo de presidente da Assembleia Nacional.
Após o ocorrido, Maduro afirmou, em rede nacional, que reconhece a eleição de Luis Parra e que Guaidó é um "fantoche do imperialismo americano".
Nessa segunda-feira (07), novamente Juan Guaidó foi impedido, durante vários minutos, de entrar no Palácio Legislativo. A Guarda Nacional, que cercava o local desde cedo, bloqueou a entrada de opositores de Maduro. No entanto, Guaidó conseguiu entrar e deu início à sessão legislativa.
No início de seu discurso, Guaidó denunciou que vários outros deputados teriam sido agredidos e impedidos de entrar no Congresso.
De acordo com a imprensa venezuelana, a reeleição de Guaidó é válida e constitucional. Falta agora saber como o governo do país reagirá a essa derrota.
