Crivella quer presença da Polícia Militar nas ações de fiscalização da Vigilância Sanitária
Depois de um final de semana de aglomeração em bares e restaurantes do Rio e desrespeito aos fiscais que tentavam fazer valer as novas regras de segurança sanitária para funcionamento desses estabelecimentos, o prefeito Marcelo Crivella quer a ajuda da Polícia Militar nesse trabalho de fiscalização.
Liberados para reabertura desde a semana passada, mais de 50 estabelecimentos foram multados por não seguirem as medidas necessárias para evitar a disseminação do coronavírus. Em imagens que repercutiram nos últimos dias, frequentadores de bares zombavam da gravidade da pandemia e um casal foi filmado hostilizando os agentes da prefeitura. Crivella reforçou que as situações foram de desacato.
Diante da repercussão do vídeo exibido no programa Fantástico, no qual um casal aparece confrontando o superintendente de Educação e Projetos da Vigilância Sanitária, Flávio Graça, em um bar na zona oeste do Rio, a empresa onde a mulher trabalhava a demitiu.
Em nota, a Taesa – Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A. - alegou que não compactuava com nenhum comportamento que coloque em risco a saúde de outras pessoas ou com atitudes que desrespeitem o trabalho e a dignidade de profissionais que atuam na prevenção e controle da pandemia e, por isso, decidiu pelo afastamento da funcionária.
Crivella fez um novo apelo à população para que tenha prudência, apesar da liberação das atividades econômicas na cidade.
O avanço da flexibilização praticado pela prefeitura, no entanto, não é consenso. Uma ação do Ministério Público e da Defensoria Pública do estado questiona na Justiça a atual fase de reabertura das atividades, diante da falta de estudos técnico-científicos que baseiem as decisões.
As instituições pedem que as evidências que permitem afrouxar as regras de isolamento sejam apresentadas tanto pelo governo do estado quanto pela prefeitura.