O presidente russo Vladimir Putin nessa terça autorização para usar as forças armadas fora do país. O pedido foi feito ao Conselho de Federação da Rússia, que ainda vai discutir o assunto em uma reunião aberta.
Putin justificou que pretende enviar missões militares de paz às repúblicas populares de Donetsk e Lugansk. A Rússia já reconheceu oficialmente a independência desses dois territórios localizados na Ucrânia.
O exército ucraniano avalia uma operação de retomada das regiões. Mulheres, crianças e idosos começaram a ser levados para a região russa de Rostov. Além disso, os Estados Unidos e seus aliados anunciaram uma série de medidas contra Moscou. Entre elas, o corte do financiamento ocidental para bancos russos, entre eles o VEB e o banco militar; o corte também atinge os cofres públicos russos, com a suspensão da dívida soberana do país; e atinge, até mesmo, a elite russa.
Em pronunciamento também nesta terça-feira, o presidente Joe Biden disse que negociou com o chanceler alemão Olaf Scholz para manter fechado um gasoduto que levaria gás natural da Rússia para a Alemanha.
O presidente dos Estados Unidos anunciou o envio de militares de outros lugares da Europa para os Estados Bálticos em resposta às tropas russas que permanecem na Belarus.
O governo brasileiro se manifestou também, nessa terça (22), sobre a situação na Ucrânia. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores reafirmou a necessidade de uma solução negociada e que leva em consideração os legítimos interesses de segurança da Rússia e da Ucrânia. O Itamaraty apelou a todas as partes envolvidas para que evitem uma escalada de violência, e que estabeleçam, no mais breve prazo, canais de diálogo capazes de encaminhar de forma pacífica a situação no terreno.