Mais de 131 milhões de pessoas que vivem no Caribe e na América Latina não têm meios suficientes para uma alimentação saudável. Esse é um dos dados do relatório “Panorama da Segurança Alimentar e Nutricional”, da Organização das Nações Unidas, divulgado nessa quarta-feira.
Segundo a publicação, pelo menos 22,5% dos cidadãos que residem na América Latina e no Caribe não puderam pagar por uma alimentação saudável em 2020. Isso se deve, entre outros fatores, ao custo maior diário para ter uma dieta de qualidade. Enquanto a média mundial de gasto diária com comida saudável é de US$ 3,54 dólares, os caribenhos precisariam desembolsar US$ 4,23 dólares por um cardápio semelhante.
O relatório traz uma relação para o aumento da insegurança alimentar com variáveis como o nível de renda de um país, a incidência da pobreza e o nível de desigualdade como fatores.
A elevação dos preços internacionais de alimentos ocorrido desde 2020, sobretudo depois do início do conflito na Ucrânia, e a alta da inflação dos alimentos que estão acima do geral, aumentaram as dificuldades para que as pessoas pudessem acessar uma alimentação saudável.
Os dados coletados apontam também para um aumento global na insegurança alimentar, atingindo principalmente menores de 5 anos e mulheres.
Sobre o Brasil, o Panorama da Segurança Alimentar da ONU aponta que o país tem 8 milhões e seiscentas mil pessoas subnutridas.