Começa na quinta-feira (12), a agenda oficial do presidente Luís Inácio Lula da Silva, na China. Estão previstas assinaturas de 20 acordos bilaterais. Entre eles, a construção de uma linha de satélites, que permite o monitoramento de biomas, como a Floresta Amazônica, mesmo com a presença de nuvens.
O presidente Lula embarcou para o continente asiático nesta terça-feira (11), depois de ter adiado a viagem devido a uma broncopneumonia. A comitiva presidencial é composta por nove ministros, de áreas estratégicas e governadores da Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Maranhão e Pará.
Ainda na China, maior parceiro comercial do Brasil, estão previstos acordos na área de turismo entre os dois países, e novos investimentos. O governo brasileiro ainda quer apresentar ao governo chinês os programas de combate à fome, de proteção ao meio ambiente e de desenvolvimento sustentável.
A professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo, Regiane Bressan, destaca que a ida de Lula é uma sinalização de que o Brasil quer retomar boas relações políticas com a China, desgastadas no governo passado. Para a especialista, é importante que o Brasil amplie as relações comerciais, pelo mundo, com foco no ganho econômico.
Na quinta-feira, em Xangai, o presidente Lula vai participar de reuniões e da cerimônia de posse da ex-presidenta Dilma Rousseff no comando do Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Na sexta-feira, a agenda vai ser em Pequim, a capital chinesa. Depois de cumprir alguns compromissos, Lula vai ser recebido pelo presidente chinês, Xi Jinping.
No sábado, antes de retornar ao Brasil, Lula faz uma visita oficial aos Emirados Árabes, na capital Abu Dhabi.
Esta é a quarta viagem internacional do presidente, neste terceiro mandato: ele já esteve na Argentina, Uruguai e Estados Unidos. A próxima visita oficial vai ser para Portugal e Espanha, entre os dias 21 e 26 de abril.