O Presidente Lula abriu a assembleia geral das Nações Unidas, nesta terça-feira (19), em Nova Iorque, destacando que 735 milhões de pessoas passam fome, no mundo. Lula fez um chamado no combate à fome, às desigualdades e às mudanças climáticas.
O presidente disse que, para reduzir as desigualdades, é preciso “incluir os pobres nos orçamentos nacionais e fazer os ricos pagarem impostos proporcionais ao seu patrimônio”.
Diante de líderes mundiais, o presidente Lula cobrou o compromisso de países no financiamento de ações pelo clima.
Lula citou que a matriz energética brasileira já é uma das mais limpas do mundo. Para o presidente, as responsabilidades são um ponto comum, apesar de não serem iguais para todos os países.
Lula também defendeu o diálogo na ONU, em busca da paz mundial. Citou que a guerra da Ucrânia “escancara nossa incapacidade coletiva” de cumprir os objetivos da Carta da ONU. E foi enfático ao dizer que os países precisam escolher entre “a ampliação dos conflitos” e suas consequências ou “a renovação das instituições multilaterais dedicadas à promoção da paz. Neste sentido, o presidente brasileiro reforçou a ideia de reforma no Conselho de Segurança da ONU.
Em cerca de 20 minutos, Lula também mencionou países que passam por crises políticas, conflitos, ameaças à democracia e que sofrem embargos econômicos. Segundo o presidente, “o Brasil seguirá denunciando o embargo econômico e financeiro imposto a Cuba e a tentativa de classificar esse país como Estado patrocinador de terrorismo”.
Há mais de 60 anos, o Brasil realiza o discurso de abertura da assembleia geral das Nações Unidas. Esta é a 8ª vez que o presidente cumpre a tradição. Nesta terça, a agenda do presidente Lula tem encontros bilaterais, com representantes da Áustria, Alemanha, Noruega e Palestina. Na quarta, Lula se encontra com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e também com o da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.