Relatores da Organização das Nações Unidas acusam Israel de cometer crimes contra humanidade. O grupo, formado por sete especialistas, também alertou para o risco de genocídio em Gaza.
O grupo classificou o ataque ao Hospital Al Ahli Arab, na última terça-feira, que deixou 471 mortos, como uma atrocidade. E também relataram indignação com o bombardeio a uma escola das Nações Unidas dentro de um campo de refugiados e que abrigava 4 mil pessoas deslocadas. O bombardeio à escola também aconteceu na terça-feira. Israel nega a autoria do ataque ao hospital.
Os relatores também avaliaram que as ordens de evacuação dadas por Israel são inviáveis e lembraram que a transferência forçada de pessoas é uma violação do direito humanitário e penal internacional.
O grupo pede o cessar fogo imediato e o fim da ocupação de Israel nos territórios palestinos.
O documento é assinado pelo relator sobre Direitos Humanos à Água Potável e ao Saneamento, Pedro Agudo; pela relatora Especial sobre Direitos Humanos na Palestina Ocupada, Francesca Albanese; pela relatora Especial sobre Violência contra Mulheres, Reem Alsalem; pela relatora Especial sobre os Direitos Humanos de Pessoas Deslocadas, Paula Betancur; pelo relator Especial sobre o Direito à Alimentação, Michael Fakhri; pela relatora Especial sobre o Direito à Saúde Física e Mental, Tlaleng Mofokeng; e pelo relator Especial sobre o Direito à Moradia, Balakrishnan Rajagopal.