Especialistas consideram o veto americano à resolução do Brasil para a crise humanitária em Gaza político e baseado na proximidade histórica entre Estados Unidos e Israel. Para eles, o poder de veto das grandes potências reduz a eficiência do Conselho de Segurança da ONU.
O professor da de Relações Internacionais da USP, Pedro Dallari, diz que os americanos queriam evitar que Israel parecesse isolado. Para ele, apesar do veto, levantar esse assunto teve resultado.
Israel é um aliado estratégico dos Estados Unidos, lembra o pesquisador de Política Externa, Bruno Fabricio da Silva, da Universidade Federal do ABC. Essa imparcialidade pode minar a imagem dos americanos.
Para o pós-Doutor em Direto Internacional e professor da PUC do Paraná, Eduardo Saldanha, o poder de veto tira efetividade do Conselho de Segurança.
Para o Conselho de Segurança aprovar alguma resolução é preciso apoio de pelo menos nove dos 15 membros e nenhum veto dos membros permanentes, entre eles os Estados Unidos.